A ação do óleo de canabidiol é devido principalmente à sua atividade em dois receptores presentes no organismo, conhecidos como CB1 e CB2. O CB1 está localizado no cérebro e está relacionado com a regulação da liberação de neurotransmissores e da atividade neuronal, enquanto que o CB2 está presente nos órgãos linfoides, que é responsável pelas respostas inflamatórias e infecciosas.
Por atuar sobre o receptor CB1, o canabidiol é capaz de evitar a atividade neuronal excessiva, ajudando a relaxar e reduzir os sintomas associados com a ansiedade, além de regular também a percepção de dor, a memória, a coordenação e a capacidade cognitiva. Já ao atuar sobre o receptor CB2, o canabidiol ajuda no processo de liberação de citocinas pelas células do sistema imunológico, o que ajuda a diminuir a dor e a inflamação.
Diferentemente do THC, ele não diminui a atividade nos neurônios em que atua, podendo até anular os efeitos psicotrópicos do THC. O uso de CBD aumenta a capacidade do organismo de reparar e corrigir irregularidades.
Cada lote de óleo cannabidiol produzido é testado em laboratório para entender a proporção de cannabinoides assim como detectar a presença de contaminantes como bactérias e fungos, de metais pesados ou fertilizantes químicos. Essas análises químicas são conduzidas utilizando-se um Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (HPLC).
Alguns estudos verificaram que os efeitos colaterais do óleo de canabidiol estão relacionados com o uso indevido do produto, principalmente sem que tenha sido indicado por um médico ou em concentrações aumentadas, sendo verificados cansaço e sono excessivo, diarreia, alterações no apetite e no peso, irritabilidade, diarreia, vômitos e problemas respiratórios. Além disso, foi verificado que doses em crianças acima de 200 mg de canabidiol podem piorar os sintomas relacionados com a ansiedade, além de promover aumento dos ritmos cardíacos e alteração de humor.
Foi verificado ainda que o canabidiol pode interferir na atividade de uma enzima produzida pelo fígado, o citocromo P450 que, dentre outras funções, é responsável pela desativação de alguns medicamentos e toxinas. Dessa forma, o CBD poderá afetar o efeitos de alguns medicamentos, assim como diminuir a capacidade do fígado para decompor e eliminar toxinas, o que pode aumentar o risco de toxicidade do fígado.
Além disso, o uso do óleo de canabidiol não é indicado para mulheres grávidas, que estejam planejando a gestação ou que estejam em fase de amamentação, isso porque foi verificado que o CBD pode ser encontrado do leite materno, além de poder ser transmitido para o feto durante a gestação.
Para obter o Canabidiol (CBD) pelo plano de saúde é preciso entrar com uma ação judicial contendo o laudo e prescrição médica justificando a necessidade do mesmo.